As novas regras impostas pela Direção Geral da Saúde para a reabertura dos restaurantes, no dia 18, são praticáveis para a maioria dos restaurantes, garante a Associação para a Defesa, Promoção e Inovação dos Restaurantes de Portugal (Pro.Var).

O responsável deste organismo, Daniel Serra, considera que as determinações para reabrir estes espaços são “essenciais para garantir a confiança e o regresso dos consumidores”, apesar de reconhecer que implicam custos acrescidos que os restaurantes mais pequenos não terão condições para aplicar. Por isso, pede, apoios ao Governo para estes casos.

“Reclamamos ao Governo, num pedido de emergência, que enquadre as empresas que, perante estas limitações não tenham condições para abrir. A nossa preocupação é que ninguém fique de fora. Se a maioria dos restaurantes vão conseguir reabrir, há aqueles que precisarão que seja afetado um apoio forte para conseguirem abrir portas”, diz Daniel Serra, em entrevista à Renascença.

Esta questão não está prevista nas novas regras impostas pelo Governo, mas a associação Pro.Var espera que seja encontrado em enquadramento para compensar os restaurantes que, pela sua tipologia, não consigam um mínimo de condições para reabrir, para garantir a viabilidade do negócio e assegurar os postos de trabalho.

Daniel Serra rejeita a ideia de que as novas determinações de funcionamento sejam uma revolução nos restaurantes. “É apenas uma questão de adaptação. As novas regras virão intensificar práticas de higiene e segurança alimentar que já existiam. O que vamos fazer é intensificar essas práticas, agora com as regras de distanciamento e de proteção impostas pela pandemia”.

Os empresários da restauração “querem regressar à normalidade possível e tudo irão fazer nesse sentido”, garante o responsável, embora admita um período difícil até recuperar a confiança dos consumidores.

“O nosso objetivo é conquistar a confiança do consumido - a nossa palavra chave -, a ponto de que quem vai a um restaurante sinta que é mais seguro do que comer na sua própria casa”, remata Daniel Serra.