Abre este sábado, em Mondim de Basto, e vai prolongar-se até setembro. Trata-se da primeira Bienal do Granito, com o intuito de divulgar o setor que emprega 160 pessoas no concelho e impulsionar a criação de novos produtos e designs mais atuais.

Ao promover a iniciativa, a autarquia quer “valorizar o granito amarelo, estimular a criatividade nesta atividade económica de modo a aumentar a criação de riqueza e, consequentemente, mais emprego e melhor qualidade de vida”.

Aproximar os industriais que exploram o granito amarelo da academia e fazer com que os escultores e designers tomem contacto com este material e o usem nos seus trabalhos são também objetivos da iniciativa.

À Renascença, Paulo Mota, vereador do município, explica que “a indústria extrativa tem um papel fundamental na economia do concelho", razão pela qual diz acreditar que “a valorização e a diferenciação dos produtos podem favorecer o investimento em atividades de base inovadora e aumentar a capacidade de iniciativa do tecido empresarial local”.

A primeira edição da bienal vai dar relevo especial à cultura, design e escultura e quer envolver profissionais, estudantes e artistas na criação de novos produtos para o mercado. A ideia é estimular o desenvolvimento de novos materiais em granito e a introdução de ‘design’ nos produtos atuais, assim como o estudo técnico do granito.

Nesse sentido, a autarquia estabeleceu parcerias com a Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, com a Universidade do Porto e com a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo.

Através de abordagens inovadoras e criativas, os cursos de design ao nível de licenciatura e mestrado vão desenvolver um conjunto diversificado de novas peças. Já os projetos académicos vão poder contar com o apoio das empresas locais ao longo da execução das peças, ao nível da partilha dos seus meios tecnológicos. Os projetos finais serão posteriormente exibidos no decorrer dos vários eventos, em Mondim de Basto

A primeira Bienal do Granito acontece no âmbito do programa Mondim Coopera, com base numa parceria do Núcleo Empresarial de Mondim de Basto.

No concelho de Mondim de Basto existem atualmente 22 pedreiras em laboração que empregam cerca de 160 pessoas. A maior parte desenvolve uma pequena atividade de transformação associada, cujos produtos se destinam, essencialmente, à construção civil. O granito extraído em bruto destina-se, em grande parte, para exportação, com uma percentagem elevada a ter como destino Espanha.