A McDonald's anunciou na segunda-feira que chegou a acordo com o ministério do Trabalho norte-americano (U.S. labor board), num caso em que a empresa é acusada de alegadas violações do direito do trabalho dos franchisados.

O acordo, que deve ser aprovado por um juiz do Conselho Nacional de Relações Laborais, permitirá ao McDonald's evitar a decisão de que é o verdadeiro empregador de todos os trabalhadores dos franchisados, e que portanto pode ser responsabilizado sempre que haja uma violação dos direitos de trabalho ao nível federal.

Os termos da solução proposta não ficaram imediatamente disponíveis.

O McDonald's não quis comentar esta informação, mantendo que não pode ser culpado das práticas dos seus franchisados.

As associações empresariais afirmaram que uma decisão contra o McDonald's poderia ser um revés ao modelo de franquiados, tornando as empresas que praticam este modelo mais vulneráveis a ações judiciais, obrigando-as a negociar com sindicatos que representam trabalhadores.

Há trabalhadores em todo os Estados Unidos que foram demitidos por participar em protestos que exigem salários mais altos.

"Num acordo real, o Mcdonald's assumiria a responsabilidade por despedimentos ilegais e o assédio a trabalhadores que apenas lutam por ter comida e sair da pobreza", disse o advogado Micah Wissinger, que defende os trabalhadores.