Com taxas de juro baixas e custos de financiamento também reduzidos, o que leva as empresas em Portugal a serem más pagadoras aos fornecedores? A questão foi levantada por Paulo Macedo, gestor e antigo ministro.

“As empresas em Portugal continuam como as piores pagadoras. Porque é que não se financiam adequadamente para poderem cumprir com as suas obrigações?”, questionou.

Paulo Macedo foi um dos intervenientes do XI Encontro Fora da Caixa, promovido pela Caixa Geral de Depósitos e que terminou na segunda-feira. Na sessão de encerramento, o actual presidente da comissão executiva daquele banco fez o retrato da conjuntura financeira portuguesa.

“Neste momento, temos uma conjuntura em que os custos de financiamento estão a níveis historicamente baixos e o que nós sabemos é que temos as taxas de juro mais baixas dos últimos dez anos”, afirmou.

“Pensa-se que as taxas poderão aumentar no final deste ano, mas estamos a falar de taxas muito baixas. Também as taxas de juro para as pequenas empresas tiveram um estreitamento, com taxas bastante acessíveis”, reforçou.

Neste encontro que decorreu em Castelo Branco, foram apresentados alguns produtos inovadores, como farinha de cogumelo ou caviar, e a administração da Caixa Geral de Depósitos analisou, com especialistas e empresários, os desafios que se colocam a uma cidade que vive e cresce no interior do país e o seu impacto, sobretudo, na economia nas empresas exportadoras da região.

Os membros da comissão executiva visitaram ainda 12 agências da região de Castelo Branco, para observar o relacionamento com os clientes.

[Notícia corrigida às 11h03]