Cresceu numa pequena aldeia da Irlanda e subiu a pulso. Aos 27 anos, John Collison conquistou Silicon Valley e é considerado o bilionário mais novo do mundo.

Tudo começou nas verdejantes paisagens rurais de Limerick, onde os pais geriam um hotel à beira de um lago.

Os computadores foram um fascínio precoce. Em crianças, John Collison e o irmão Patrick começaram a aprender código e linguagens informáticas.

Competiam entre si para ver quem era o melhor e para melhorarem as suas capacidades de programação.

Ainda adolescentes ficaram milionários. Criaram a Auctomatic, empresa que venderam por cinco milhões de dólares, em 2008.

John Collison nunca mais parou, mas pelo meio desistiu do curso de Física na prestigiada universidade norte-americana de Harvard por falta do tempo que ia todo para os seus projectos.

Fundou a “startup” Stripe, em 2011, com o seu parceiro de sempre, o irmão Patrick, que ocupa o terceiro lugar na lista dos jovens bilionários. A ideia surgiu durante uma viagem à África do Sul.

A Stripe é uma aplicação que permite fazer pagamentos através da internet de forma fácil e segurança. Processa milhares de milhões de dólares todos os anos, em 25 países.

Com sede em São Francisco, tem cerca de 100 mil clientes espalhados por todo o mundo – entre os quais a Apple - e emprega 550 pessoas, segundo a revista “Forbes”.

Em Novembro do ano passado, a Stripe angariou investimentos de 150 milhões de dólares e foi avaliada em 9,2 mil milhões de dólares, tornando John Collison no bilionário mais novo do mundo.

A fortuna de John está avaliada em 1,1 mil milhões de dólares, de acordo com os cálculos da revista “Forbes”, mas o irlandês já está farto que lhe façam essa pergunta e diz se trata apenas de um número.

O dinheiro não o deixou mais excêntrico, garante em entrevista à BBC. Não coleciona jóias raras nem participa em regatas de iate. Diz que nos tempos livres gosta de correr, porque é um “hobby muito prático”.