“A marca Portugal também está agora associada à tecnologia graças à Web Summit”, afirma o antigo secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos.

Em declarações à emissão especial da Renascença, a partir do Altice Arena, em Lisboa, onde esta segunda-feira começa a maior conferência de tecnologia do mundo, João Vasconcelos sublinha que a Web Summit tem efeitos imediatos, mas também no futuro das novas gerações.

“O maior impacto da Web Summit, os melhores resultados, só vamos ver daqui a muitos anos, que é o impacto que isto tem numa geração inteira. Aqueles bilhetes quase grátis, a sete euros, para 10 mil estudantes estarem aqui, o impacto que tem os nossos empreendedores estarem aqui a contactar com empreendedores e investidores de todo o mundo, só vamos sentir o real impacto daqui a uns anos", diz João Vasconcelos.

“Mas do ano passado para este ano, temos muitas coisas que aconteceram, há vários investimentos que aconteceram graças à Web Summit, em 'startups' portuguesas e não só, a decisão da Mercedes de ter um grande centro digital de centenas de engenheiros em Lisboa foi graças à Web Summit”, sublinha o antigo secretário de Estado.

João Vasconcelos afirma que a Web Summit “é um movimento nacional”, com impacto em todo o país, porque a tecnologia e o digital “não têm fronteiras ou localizações específicas”.

“No digital temos esta vantagem: podemos ter na Ribeira Brava, na Madeira, uma empresa com mais de 100 engenheiros e que trabalha para três continentes. Portugal, que sempre esteve afastado dos mercados, sempre nos disseram que eramos um mercado pequeno, que estávamos longe do centro da Europa, na economia digital não temos esse defeito”, assinala João Vasconcelos.

A conferência conta com convidados de várias áreas, da tecnologia, à política passando pelo desporto. João Vasconcelos afirma que “o futuro e a tecnologia não se pode só falar com pessoas peritas em tecnologia”.

“A tecnologia hoje está a tocar todas as áreas e nós para entendermos a tecnologia e o que vai acontecer no futuro não podemos falar só com cientistas ou engenheiros, temos que falar também com artistas, sonhadores, políticos, reguladores”, frisa.