O economista Vitor Bento serviu-se da parábola dos três porquinhos para definir aquilo que julga ser uma política nacional pouco prudente face a um contexto internacional muito arriscado.

"É um pouco como a fábula dos três porquinhos. Isto é, se nos esforçarmos por construir uma casa de pedra, resiste mais ao sopro do lobo, do que se estivermos a construir uma casa de palha”, afirma em entrevista ao programa Terça à Noite da Renascença.

E que tipo de casa está a construir Portugal? “Estamos a construir uma casa de palha, aí não estamos de facto a fazer o que devemos", responde o administrador da SIBS.

O aumento das pensões é uma das medidas que pode avançar no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Vitor Bento considera que subir as pensões sem ter a garantia de que vamos poder pagar esse aumento no tempo é um erro, "porque estamos a criar expectativas que não vamos poder cumprir".

O economista critica o Governo do PS, apoiado pelos partidos de esquerda, pela mensagem errada que está a dar aos investidores, considerando mesmo que "teria dificuldade em imaginar uma política mais agressiva contra o investimento".

Já no que respeita à banca, considera que o Governo tem agido bem e "tem procurado resolver os problemas". Vitor Bento considera muito positivo que o executivo tenha conseguido as ajudas para a Caixa Geral de Depósitos sem que isso contasse para o défice e elogia o facto de, pela primeira vez, ter sido nomeada uma administração da Caixa sem comissários políticos.