O Governador do Banco de Portugal rejeita as críticas reveladas num estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a actuação do supervisor na resolução de problemas da banca.

No documento que faz uma avaliação ao desempenho do FMI durante o programa de resgate a Portugal, os peritos dizem que houve falhas na avaliação da banca portuguesa. O Banco de Portugal deveria ter pedido uma análise externa e independente.

No entanto, o governador do Banco de Portugal critica a análise divulgada esta quinta-feira. Carlos Costa diz que não se arrepende da decisão e que a história lhe irá dar razão.

Na análise independente os peritos sugerem que Portugal deveria ter pedido uma avaliação externa e independente à semelhança do que foi feito na Irlanda, mas o governador diz que se tal fosse feito assumindo todas as potenciais perdas seria necessário um pacote de ajuda superior aos 78 mil milhões de euros negociados em 2011 e poderiam pôr em causa a sustentabilidade da dívida pública.

“Se fizéssemos um programa desta natureza a restrição financeira pública teria sido muito mais dura. Duvido mesmo que houvesse condições sociais e políticas para um programa de ajustamento dessa dimensão. Entrávamos imediatamente numa trajectória de insustentabilidade da dívida”, referiu.

O governador do Banco de Portugal esteve na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.