A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que o Orçamento do Estado para 2016 é insuficiente para o volume de construção e de obras públicas que o país precisa e, por isso, os empresários apelam ao Governo para que sejam aproveitados todos os fundos europeus disponíveis.

No dia em que o Instituto Nacional Estatística divulga os Índices de Custos de Construção de Habitação e de Preços de Manutenção e Reparação, o presidente da CPCI, Reis campos, diz à Renascença que o actual orçamento é curto para o sector: "O país não terá verbas suficientes para desenvolver os projectos de construção que precisa, e que fazem parte de um plano estratégico de transportes e infra-estruturas.”

Reis Campos defende que há, contudo, ferramentas europeias que podem ajudar e dá exemplos, com fundos "do Banco Europeu de Investimento, do plano Juncker e do Plano 2020”.

"Aquilo que pretendemos é que sejam aproveitados todos os fundos comunitários para a reabilitação urbana e para todas as obras públicas que o país necessita”, sublinha.

Com a construção de imóveis muitas vezes parada, os empresários consideram que a reabilitação urbana deve continuar a ser uma aposta do Governo, tanto mais que “a reabilitação, em Portugal, representa 7% do sector, enquanto na Europa representa 36%". Reis Campos tira o corolário: "Ainda continuamos muito longe da meta europeia."

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