A Europa viveu um período terrível entre 1914-1918. A I Grande Guerra provocou o colapso de quatro impérios e mudou de raiz o mapa da Europa e do Médio Oriente. O conflito redesenhou o modo de vida de milhões de pessoas. A guerra delineou ainda as bases do humanismo, do progresso económico e do multilateralismo a marcar o pós-1918.

Neste domingo, 11 de novembro 2018, em que com enorme carga simbólico se assinala em Paris os 100 anos da assinatura do Armistício que formalizou o fim da Grande Guerra há quem defenda que convém refletir para que uma III Grande Guerra não tenha lugar.

Aos que contrapõem tratar-se de um cenário pouco plausível há sempre quem recorde que 21 anos depois da I Grande Guerra outro conflito em larga escala dizimaria a Europa e envolveria boa parte do planeta. Com vagas populistas em ascensão e ameaças à democracia em todos os quadrantes, não poucos analistas sustentam que só admitindo como possível é que um novo conflito pode ser prevenido.

No centenário do Armistício que lições ficam para o presente? Como evitar replicar 1914 e 1939? São perguntas para a reflexão de Nuno Garoupa, da George Mason University Scalia Law, na Virginia, Estados Unidos; Luís Aguiar-Conraria, da Universidade do Minho; e Nuno Botelho, da Associação Comercial do Porto.

Em análise estará ainda os efeitos do discurso populista - em vias de se tornar dominante - nas democracias, as eleições intercalares nos Estados Unidos e a escolha do juiz Sérgio Moro para a administração Bolsonaro em Brasília.