O candidato independente à Câmara do Porto, Rui Moreira, considerou esta segunda-feira que o seu maior desafio é "gerir o sucesso" do que foi feito no primeiro mandato.

Para Rui Moreira, há hoje na cidade "mais oportunidades de emprego", frisando que se está a caminhar na direcção pretendida "e até mais depressa do que seria de esperar.”

"Se toda a cidade foi capaz de pôr a cidade a mexer, agora há que gerir o sucesso", disse no final de um jantar-debate com médicos e profissionais de saúde do Porto.

Passando em revista os principais problemas da cidade, o cabeça de lista do movimento "O Nosso Partido é o Porto" sublinhou o facto de, pela primeira vez desde 1975, o município deter a gestão da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto), mudança que, em conjunto com a construção do terminal intermodal de Campanhã, são, "provavelmente, soluções para conseguir reduzir o trânsito".

Relativamente às contas da autarquia, o actual presidente e recandidato apoiado pelo CDS-PP e pelo MPT salientou a redução da dívida numa cidade em que "baixaram os impostos". Disse ainda que actualmente há "muito menos criminalidade" e, por isso, as pessoas se "sentem mais confortáveis".

“Não quero ser o povoador do Porto”

Sobre as críticas de gentrificação do centro da cidade, Rui Moreira argumentou que as pessoas que saíram "não foram expulsas", saíram sim porque a cidade já não lhes "era confortável nem interessante". Sobre a proposta do BE de criar uma moratória para a construção de hotéis, considerou que aumentaria a especulação imobiliária.

Em defesa do turismo, Rui Moreira afirmou que o Porto "só com os que cá vivem não vai conseguir reabilitar-se", expressando o desejo de não se tornar conhecido como o "povoador do Porto", embora querendo que a cidade seja "cosmopolita".

Apostada em prestar contas, a candidatura lançou na segunda-feira um novo site, www.memoriacurta.pt, que vai interagir com o da candidatura, traçando as diferenças, em 60 imagens, do que era o Porto antes da chegada de Rui Moreira, numa viagem no tempo entre 2013 e 2017.