Embaixadores de vários países nas Nações Unidas consideram que o ataque a Kiev, enquanto Guterres estava reunido com Zelenskiy, foi "chocante" e "vergonhoso".
O mundo assiste a uma guerra em que um dos beligerantes é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com poder de veto sobre sanções e decisões globais em torno da guerra da paz. O Secretário-Geral da ONU disse na última semana em Kiev que o Conselho de Segurança “falhou” e confessa não ter “ilusões” sobre a possivel reforma deste organismo da ONU. Para que servem então as Nações Unidas na resolução da Guerra e na conquista da paz? Está a ONU remetida ao campo humanitário e sem poder para prevenir ou solucionar conflitos? Ou está a ser criticada sem razão nesta e noutras guerras?
Secretário-geral das Nações Unidas considera que os problemas de segurança alimentar de África não serão resolvidos sem "reintegrar a produção agrícola da Ucrânia e a produção de alimentos e fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia nos mercados mundiais".
Balanço desta segunda-feira representa um aumento de 254 mortos em relação a sexta-feira. Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos teme que os números aumentem consideravelmente quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
Presidente da Ucrânia disse estar pronto para iniciar "negociações de imediato" para garantir a retirada de civis de Azovstal, mas denunciou "a deportação ilegal de cidadãos ucranianos para a Rússia". No entanto, a abertura do corredor humanitário de Mariupol a Zaporíjia pode, afinal, não acontecer esta sexta-feira, tal como apelou o secretário-geral da ONU. António Guterres diz, contudo, que “os trabalhos continuam” e que “há intensas discussões”. A operação é “extremamente complicada” porque os civis “vão ter de atravessar uma das linhas de confronto que neste momento existe”.
Questionado pela Renascença, à chegada a Kiev, se Rússia está disponível para uma mediação política da ONU, secretário-geral das Nações Unidas responde que "não houve aceitação". António Guterres rejeita críticas de inação e destaca "intervenção permanente da ONU".
Erik Mose integrou vários tribunais internacionais, para liderar uma investigação sobre violações dos direitos humanos na Ucrânia desde o início da invasão russa.
Entre as vítimas, há pelo menos 104 mulheres e 52 crianças, ao passo que no balanço de feridos foram contabilizadas pelo menos 77 mulheres e 63 menores de idade, segundo os números diariamente atualizados pelo organismo dirigido por Michelle Bachelet.