Filho da ex-líder, a cumprir pena de prisão domiciliária, diz que a Nobel da Paz está a sofrer de problemas gengivais que a impedem de comer, para além de vómitos frequentes e fraqueza generalizada.
A cidade de Myawady tem sido palco de confrontos esporádicos entre o Exército e os combatentes da oposição aos militares no poder em Myanmar desde o golpe militar de fevereiro de 2021.
A aldeia de Aloysius ardeu. A mãe e os irmãos foram obrigados a fugir, um primo foi assassinado pelos militares. Nem “na missa é possível estar em paz, pois não sabes quando é que eles vão aparecer”, confessa. O jovem está em Lisboa à procura de uma oportunidade para se encontrar com o Papa Francisco e falar sobre os bayingyis - comunidade de lusodescendentes católicos em Myanmar que, nos últimos anos, tem vindo ser perseguida.
O anúncio surgiu dois dias depois de a junta ter prolongado o estado de emergência por seis meses, adiando teoricamente as eleições que estavam previstas para agosto.
Presidente executivo internacional da Fundação AIS diz que desde o golpe dos militares, a 1 de fevereiro de 2021, passaram “24 meses de luta e horror”, destacando “o consolo e apoio que a presença de religiosos e religiosas proporciona aos deslocados”, aos fiéis que face aos ataques, "por vezes impiedosos" às aldeias e vilas onde vivem, são forçados a abandonar tudo e a fugir.
A aldeia, com uma população maioritariamente católica, onde nasceram e cresceram descendentes de portugueses, ficou praticamente reduzida a cinzas. Em resposta ao ataque, vários sacerdotes birmaneses fizeram apelos nas redes sociais pedindo orações pelo país e pela própria comunidade cristã.