Deputado do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Médicos defende revisão no funcionamento das maternidades, especialmente em Lisboa. Face aos problemas dos últimos dias, Miguel Guimarães diz que o plano do Governo vai ser "obviamente" revisto e realça "herança pesada" deixada pelo PS.
Antigo bastonário da Ordem dos Médicos, recém-eleito deputado pela AD, admite que, para uma eventual revogação da lei, "basta que seja agendado por algum dos partidos políticos”. Federação Portuguesa pela Vida diz não ver outra possibilidade: "Esta lei só está viva por obstinação legislativa."
O conselho nacional do PSD vai aprovar esta segunda-feira as listas dos candidatos a deputados da coligação Aliança Democrática para as eleições legislativas de 10 de março.
Sobre a criação de Unidades de Saúde Familiar modelo C temporárias para responder à falta de médicos de família, Miguel Guimarães aplaude a medida desde que, seja garantida estabilidade aos profissionais.
Apesar de haver aspetos positivos no anúncio feito pelo diretor executivo do SNS, à Renascença o bastonário dos Médicos alerta que são precisas mudanças também noutras áreas para além de Ginecologia e Obstetrícia.
Bastonário da Ordem dos Médicos reage assim ao fecho de centros de saúde e blocos de parto no Ano Novo, à semelhança do que aconteceu no Natal. A instabilidade não pode continuar no futuro, avisa Miguel Guimarães.
"Já houve uma reunião no hospital para definir o plano de contigência, caso venha a ser necessário tomar medidas”, indica bastonário da Ordem dos Médicos.
"Sem rever as carreiras, sem fazer uma valorização da profissão, obviamente que será difícil conseguir que os médicos optem por ficar no SNS", afirma o bastonário Miguel Guimarães.