"Com esta possibilidade de pagarem ao mesmo nível do que os que pagam melhor conseguem ser mais competitivos na atração dos médicos para fazer essas horas", referiu o autarca.
Solidários com os médicos internos, os especialistas de Ginecologia e Obstetrícia elencam um conjunto de problemas e preocupações, numa carta enviada ao Presidente da República e ao Governo.
A presidente do conselho de administração adianta à Renascença que já foram “abertos alguns concursos para prestação de serviços, tanto na área médica como na área de enfermagem, para que as equipas possam gradualmente ser substituídas” em tempo de férias.
Afinal, as brigadas de intervenção rápida para conter e estabilizar surtos de Covid-19 em lares de terceira idade vão trabalhar com médicos tarefeiros, que serão contratados em caso de necessidade. Em entrevista à Renascença, Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, diz que é uma boa solução, tendo em conta que não há médicos. Francisco George diz que o processo de recrutamento de profissionais ainda decorre, mesmo assim, garante que as equipas vão estar no terreno muito em breve. Está prevista a criação de 18 equipas multidisciplinares – uma por distrito - compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos e auxiliares de ação directa e auxiliares de serviços gerais - e com capacidade de resposta 24 horas por dia. No total serão necessários cerca de 400 profissionais.
O secretário-geral do Sindicato Independente de Médicos (SIM) diz que os privados “estão a crescer como nunca” com a “geringonça” e alerta para maior falta de médicos no SNS no futuro imediato.
“O que queremos é que o Ministério da Saúde crie as condições para os doentes serem bem tratados, que sejam diminuídas as listas de espera e que sejam contratados os médicos.”
As vagas foram definidas considerando as maiores necessidades reportadas pelos serviços, em zonas como o Alentejo, Algarve, nordeste transmontano e as beiras alta e interior.