Vendedores de "commodities" "não querem saber de política, fazem negócios com ditadores de direita e de esquerda". A única cor que lhes interessa é o verde das notas de dólar, afirma à Renascença Javier Blas, coautor do livro "O Mundo à Venda".
Presidente da Associação dos Portos de Portugal afasta a possibilidade de um problema de abastecimento de alimentos, matérias primas ou energia no país, nos próximos meses. Outra coisa é o preço pago pelos bens e serviços. Aqui nada está garantido, avisa José Luís Cacho.
Trata-se de uma decisão que terá também impacto em vários países importadores destes produtos ucranianos, podendo conduzir à escassez de cereais e ao aumento dos preços do arroz e cereais.
"O Governo que sair das eleições vai ter que resolver o problema da mão-de-obra connosco." Se nada for feito podem-se "perder os dinheiros comunitários", alerta responsável da construção civil.
Empresas não conseguem dar resposta à procura devido à falta de mão de obra. Após a crise de 2008, muitos trabalhadores saíram de Portugal. E agora não vão voltar. Sem imigração, não será possível fazer a “substituição geracional” que não está a acontecer, defende Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços.
O aumento de preços das matérias-primas está a fazer derrapar os orçamentos – ajustados já no ano passado - de muitas empresas de construção civil. Algumas empresas já se recusam a dar orçamentos, outras diminuíram o prazo de validade dos mesmos.
Preços continuam a aumentar, apesar de anúncio da China. Aliás, a política de exportação do país liderado por Xi Jinping está a ir “no sentido contrário daquilo que anunciou”, acusa Rafael Campos Pereira, vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Presidente da Associação Empresarial avisa que possível descida de preços das matérias-primas está dependente da resposta das transportadoras marítimas.
A economia quer arrancar, mas o travão de mão continua acionado. Faltam matérias-primas em vários setores da indústria portuguesa e o preço de algumas aumentou de forma “abismal”. “Não é possível travar a globalização”, mas é preciso reduzir a dependência de outros mercados, defende Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal. Nos últimos meses, os principais fabricantes de automóveis nacionais foram obrigados a encerrar linhas de produção por falta de chips. “Ser-se competitivo no futuro será bem mais difícil do que ser competitivo nos últimos anos”, avisa José Souto, presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.