Ex-procurador-geral da República considera um “exagero” a comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas e diz-se perplexo que o Parlamento continue a visar o Presidente da República.
Ex-procurador-geral da República considera um “exagero” a comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas e diz-se perplexo que o Parlamento continue a visar o Presidente da República.
A comissão pediu para ter acesso ao relatório síntese de atividades do Ministério Público até 26 deste mês, por considerar que o documento é "de consulta essencial" antes da audição de Lucília Gago.
Lucília Gago concedeu uma entrevista à RTP há uma semana. Presidente da Assembleia da República concorda com a prestação de esclarecimentos, mas critica oportunidade e local.
Nas Novas Crónicas da Idade Mídia desta semana, a entrevista da procuradora-geral da República à RTP, a barragem à extrema-direita em França, a entrevista de Biden à ABC e a Cimeira da NATO que terminou esta quinta-feira em Washington.
"Não há nenhuma campanha orquestrada pela ministra da Justiça, seja com quem for, contra a procuradora ou contra qualquer outra entidade", afirmou Rita Alarcão Júdice.
Em debate, no Casa Comum desta semana, a entrevista da Procuradora Geral da República . O ex-deputado do PSD, Duarte Pacheco, fala em "arrogância", a deputada do PS Mariana Vieira da Silva numa entrevista que deveria ter acontecido depois de uma audição na Assembleia da República que contrariou o objetivo de "retirar pressão". No programa, ainda em debate o acordo assinado entre governo e polícias e a vitória de uma coligação de esquerda nas eleições legislativas em França, com a presença do eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda Catarina Martins.
O líder parlamentar do BE defendeu hoje que a procuradora-geral da República, Lucilia Gago, deve esclarecer a quem se referia quando declarou, em entrevista à RTP, que há uma "campanha orquestrada" contra o Ministério Público.
"A senhora procuradora explicou os motivos pelos quais o famoso parágrafo da política portuguesa foi incluído, são motivos razoáveis", defendeu o presidente da Iniciativa Liberal.
A antiga ministra da Educação considera que dar uma entrevista antes de ir prestar declarações ao Parlamento é "um sinal de populismo". Maria de Lurdes Rodrigues, subscritora do "manifesto dos 50" por uma reforma da Justiça, diz também a Procuradora-geral da República rejeita qualquer crítica, algo que é "completamente inaceitável".