Rui Costa Pereira refuta o interesse público destacado pela defesa de Rui Pinto para os atos cometidos e acusa arguido de só ter acedido a pasta do Benfica e não do caso Luanda Leaks, que envolve a filha do ex-Presidente de Angola, Isabel dos Santos.
Aos 31 anos, o alegado "hacker" português responde por um total de 90 crimes. O julgamento de Rui Pinto começou esta sexta-feira no Campus da Justiça, em Lisboa, sob um forte aparato polícial e com a presença de alguns apoiantes que pedem a sua libertação. Apenas 12 jornalistas podem estar presentes na sessão e não podem usar telemóvel nem computador.
O denunciante português, agora em liberdade e inserido no programa de proteção de testemunhas, garante: "Portugal continua um paraíso para a grande corrupção e para o branqueamento de capitais".
Depois de um comunicado a considerar falsas as declarações que têm sido feitas sobre si e o seu património, Isabel dos Santos manda agora dizer que tem estado sempre disponível para a justiça.
O magistrado que falava aos jornalistas, em Luanda, à margem de uma reunião de procuradores junto dos Serviços Executivos Centrais do Ministério do Interior angolano, não avançou um horizonte temporal para a efetivação do mandado de captura, referindo apenas que a possibilidade consta do processo em curso.
Empresária angolana é “uma investidora independente, que construiu as suas próprias empresas de raiz”. Num comunicado de 19 pontos, a protagonista do caso Luanda Leaks reage às várias notícias que têm vindo a público.
A filha do ex-Presidente de Angola é acusada de gestão danosa e evasão fiscal, num processo que envolve a alegada transferência de 115 milhões de dólares.