Portugal, com cerca de 1,4 filhos por mulher, está abaixo dos níveis de fertilidade médios na Europa. Políticas pró-natalidade podem melhorar a situação, mas não ao ponto de resolver o problema.
Com a população em rápido envelhecimento, Ana João Sepúlveda, especialista em economia da longevidade, alerta que a saúde pública não está preparada para receber estes utentes e defende a necessidade de parcerias público-privadas. Em entrevista à Renascença, descreve ainda esta "economia grisalha", que já é responsável por mais de metade do consumo, mas a grande maioria não tem acesso ao mercado da investigação e inovação que aposta na prevenção e qualidade de vida. A socióloga fala ainda dos novos empregos que estão a surgir, assim como produtos e serviços, que estão a mexer com área como a banca e os seguros, e rejeita trabalho ou voluntariado sénior gratuito.
Entre os países com maior longevidade, a esperança de vida já ultrapassa os 80 anos, enquanto nos locais onde esta esperança é menor, mal chega aos 60.
O aumento da esperança média de vida tem implicações profundas na gestão das nossas carreiras e na gestão das pessoas nas empresas. Em termos de vida e de carreira, o modelo tradicional com três passos - estudar, trabalhar (do 25 aos 65 anos) e reformar depois dos 65 anos - já não faz sentido.
O aumento da esperança média de vida tem implicações profundas na gestão das nossas carreiras e na gestão das pessoas nas empresas. Em termos de vida e de carreira, o modelo tradicional com três passos - estudar, trabalhar (do 25 aos 65 anos) e reformar depois dos 65 anos - já não faz sentido.