Muitos alfarrabistas temem o fecho de portas e já sentem na pele a quebra de vendas, que se deverá prolongar a curto e médio prazo. “Se ao longo dos anos não fosse poupada, não tinha dinheiro nem para comer. O Governo só pensou nele", diz a responsável pela Paraíso do Livro, Amélia Coelho.
Arranca a 22.ª edição do Festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. Este ano numa versão mais reduzida e digital, o festival junta centenas de escritores à distância a presta homenagem ao escritor chileno Luís Sepúlveda, um dos fundadores do festival que morreu em 2020 vítima de Covid-19.
No cumprimento das medidas de confinamento para o combate à Covid-19, as livrarias voltaram a encerrar desde o passado dia 15 de janeiro, não podendo nem vender ao postigo.
Na única livraria do concelho de Seia, dedicada à venda de obras de cariz religioso, contesta-se a retoma da permissão de venda de livros nos supermercados. “Não estamos contra, mas permitam-nos estar em nível de igualdade”, pede Paulo Caetano.
Foram esta quarta-feira anunciados os 11 finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa que será atribuído no âmbito da 22ª edição do Festival Correntes d' Escritas que decorre este ano em versão reduzida e em formato digital dias 26 e 27 de fevereiro.
O Governo aprovou um conjunto de medidas que regulamentam o novo estado de emergência, em vigor desde segunda-feira e até 1 de março, entre as quais a permissão, com limites, para a venda de livros.
A ex-ministra da Educação e antiga comissária do Plano Nacional de Leitura defende a venda de livros ao postigo e considera o livro um bem de primeira necessidade. Em entrevista à Renascença, Isabel Alçada alerta para o risco de sobrevivência das pequenas livrarias.
De acordo com o decreto do Governo, que regulamenta o renovado estado de emergência decretado pelo Presidente da República, os estabelecimentos comerciais que já estavam abertos ao público vão poder voltar a vender livros e materiais escolares.