Pedro Queiroz Pereira (PQP) e Fernando Ulrich foram dois dos primeiros a comunicar ao Banco de Portugal o "buraco" que existia nas contas do Grupo Espírito Santo - um ano antes da sua queda. PQP fê-lo para voltar a tomar controlo do seu grupo, a Semapa. Ulrich estava mais preocupado com o impacto da queda do BES no "seu" BPI.
Pedro Queiroz Pereira (PQP) e Fernando Ulrich foram dois dos primeiros a comunicar ao Banco de Portugal o "buraco" que existia nas contas do Grupo Espírito Santo - um ano antes da sua queda. PQP fê-lo para voltar a tomar controlo do seu grupo, a Semapa. Ulrich estava mais preocupado com o impacto da queda do BES no "seu" BPI.
Em testemunho no julgamento do caso BES, o ex-presidente do BPI mostrou-se irritado com as perguntas do Ministério Público e indicou quando deu o alerta ao Banco de Portugal sobre as fragilidades do Grupo Espírito Santo. Em desabafo, diz que alguns arguidos do caso "provavelmente só estavam a executar ordens".
Em testemunho ao Ministério Público, em 2018, Pedro Queiroz Pereira revelou que o BES era responsável por 70% dos trabalhos do escritório de advogados da então companheira do agora Presidente da República - e que Salgado a colocou como administradora da Semapa.
Líder da Semapa foi dos primeiros a alertar para os problemas nas contas do Grupo Espírito Santo. No depoimento ao Ministério Público - feito em 2018, meses antes de morrer - conta como “ninguém se atrevia a beliscar” o presidente do BES.
Durante um dia e meio, José Maria Ricciardi contou que o governador do Banco de Portugal "deu ordem" para desviar dinheiro da conta destinada a pagar a lesados do BES, recebeu um pedido de Ricardo Salgado para ser "solidário" com a família e falsificar as contas do BES e ainda sobrou tempo para um tutorial de "rodízios de obrigações".
Penalista ouvida pela Renascença diz que banqueiro não tem acesso a regime. O estatuto de maior acompanhado é atribuído pelo tribunal, em situações que não permitem a tomada consciente de decisões, mas apenas para o exercício de direitos civis e não questões criminais.
A falar em mais um dia de julgamento do caso BES, José Maria Ricciardi disse ter recebido um recado da família Salgado: ninguém desejava falar com ele. Defesa de Salgado diz que “não há condições” para fazer perguntas face à doença de Alzheimer do seu cliente.
Ex-administrador do BES diz que Carlos Costa não deu conta de terem ficado de fora 500 milhões de euros que estavam reservados para a provisão dos lesados do banco.
Em requerimento ao Tribunal da Comarca de Lisboa, procuradores pedem a certidão do interrogatório do ex-banqueiro no início do julgamento do caso BES. A a pessoa nomeada não poderá prestar declarações por Salgado.