Com a COP28 sobre as alterações climáticas a decorrer no Dubai, a Renascença e a agência Ecclesia conversam com frei Herminio Araújo. O guardião do Convento do Varatojo analisa o papel do Papa na luta por uma ecologia integral. Diz que na defesa do ambiente, como no resto, falta “encanto pela vida” e “espiritualidade” a quem tem nas mãos o poder de decidir.
Com a COP28 sobre as alterações climáticas a decorrer no Dubai, a Renascença e a agência Ecclesia conversam com frei Herminio Araújo. O guardião do Convento do Varatojo analisa o papel do Papa na luta por uma ecologia integral. Diz que na defesa do ambiente, como no resto, falta “encanto pela vida” e “espiritualidade” a quem tem nas mãos o poder de decidir.
Numa nota sobre a "Laudate Deum" do Papa Francisco, a CNJP apela a “todas as mulheres e homens de boa vontade a que se empenhem na promoção de um diálogo sério, acolhendo o contributo e a reflexão das várias sabedorias e racionalidades com que se pode e deve pensar o cuidado da casa comum e a condição humana”.
É apenas um parágrafo, mas um sinal da atenção do Papa a toda a realidade em torno das alterações climáticas. Na Exortação Apostólica "Laudate Deum", Francisco diz que toda a sociedade deveria exercer uma "sã pressão", pelo que as ações destes grupos apenas decorrem desse vazio. A convite da Renascença, os ambientalistas Francisco Ferreira e Viriato Soromenho-Marques comentam este parágrafo do documento publicado esta semana.
Documento publicado esta quarta-feira atualiza alertas da "Laudato Si", porque em oito anos “as preocupações avolumaram-se”. Na análise do padre Tony Neves, o Papa deixa claro que as alterações climáticas são o maior desafio da atualidade, e que “ninguém se salva sozinho, porque tudo está interligado”.
Francisco não duvida que o impacto da mudança climática vai prejudicar a vida de muitas pessoas e famílias e que “sentiremos os seus efeitos em termos de saúde, emprego, acesso aos recursos, habitação, migrações forçadas e noutros âmbitos”. E cita os bispos africanos, para quem as alterações climáticas “evidenciam um exemplo chocante de pecado estrutural”.