Em declarações à Renascença, o antigo ministro das Finanças defende, também, uma baixa do IRS e do IRC e afirma que não é preciso ser Liberal para dizer que os impostos em Portugal são "absurdamente elevados e desalinhados com o resto da Europa".
Carlos Pereira perguntou ao ministro da Economia em pleno debate da proposta de Orçamento do Estado na generalidade se achava "suficiente" reduzir o IRC de 21% para 19% para aumentar a produtividade. O vice-presidente da bancada do PS diz que compreende "que possa existir alguma questão sobre isso", mas que não teve "nenhuma segunda intenção". Na bancada socialista houve quem achasse estranha a pergunta e se questione de volta. "Não sei o que lhe passou pela cabeça".
Em entrevista à Renascença, a bastonária dos Contabilistas Certificados considera que o alívio fiscal dos trabalhadores é curto, o Governo devia ter cortado mais no IRS. Paula Franco não acredita que a inflação no próximo ano fique nos 4% e avisa que serão necessários ajustamentos.
A medida do Orçamento do Estado para 2023, permitirá às empresas a majoração, em sede de IRC, dos custos de energia, em 20%, e dos gastos de produção agrícola, em 40%.
Os trabalhadores da Função Pública terão um aumento mínimo de 52 euros ao mês. Já as empresas beneficiarão de apoios em sede de IRC por valorizações de remuneração fixadas, pelo menos, em 5,1%.
Em causa está uma taxa de 17% aplicável às empresas que entram na classificação de micro, pequenas e médias empresas (de 12,5% quando estas estão instaladas no interior do país).
Esta medida consta da nova proposta para um acordo sobre rendimentos e competitividade que o Governo apresentou hoje aos parceiros sociais, a qual incidiria, essencialmente, sobre as micro, pequenas e médias empresas.
Relativamente ao IRS, o PSD quer que os atuais nove escalões de rendimentos coletáveis sejam atualizados em função de uma inflação estimada de 7,4% e que haja uma redução das taxas de imposto até ao 6.º escalão.
Presidente da CIP acredita ser possível acordo de rendimentos com baixa selectiva de IRC e mexidas na derrama. O racionamento de energia neste Inverno não está colocado de parte, com António Saraiva a admitir que o país vai ter de adotar "algumas medidas de criar reservas com algumas reduções inteligentes de consumo"
Presidente da CIP acredita ser possível acordo de rendimentos com baixa selectiva de IRC e mexidas na derrama. O racionamento de energia neste Inverno não está colocado de parte, com António Saraiva a admitir que o país vai ter de adotar "algumas medidas de criar reservas com algumas reduções inteligentes de consumo"