O superior dos Clérigos de São Viator, congregação a que pertence o sacerdote, fala em “violência”, mas também em “anarquia”, alertando que “a hora é grave”.
A agravar a situação de insegurança, já classificada como a pior emergência humanitária e de direitos humanos em décadas, o Haiti está a atravessar também uma grave crise sanitária, com o risco real de uma epidemia de cólera.
Numa altura em que o mundo concentra as atenções na guerra da Ucrânia, religiosa pede que não se esqueçam os outros lugares do mundo, como o Haiti, que têm lidado com conflitos durante quase toda a sua existência.
A escalada da violência e os protestos das populações agudizam-se. Cerca de cinco milhões de pessoas precisam de ajuda para a sobrevivência no dia-a-dia.
Conferência episcopal haitiana apela a “empresários, políticos, representantes de instituições e da sociedade civil, para que trabalhem em sinergia para combater o flagelo da insegurança em todas as suas formas”.
Não é conhecido se foi pedido qualquer resgate. Autoridades perderam o controlo do único acesso rodoviário que liga a capital a uma zona no Sul do Haiti há um ano.
O pedido estende-se também aos políticos locais que, segundo os bispos, “deveriam estar mais preocupados do que nunca com esta situação caótica e catastrófica que não mostra sinais de abrandamento”.
Tragédia acontece no momento em que o país enfrenta uma grave escassez de combustível e um aumento significativo do preço do gás. Cerca de 20 casas na zona incendiaram-se após a explosão.