Escritor considera que, na província moçambicana de Cabo Delgado, a Humanidade e a vida estão postas em causa. Mia Couto, que está a lançar o livro “O Mapeador de Ausências”, diz que o drama vivido na região é “mais grave do que a pandemia de Covid-19”.
Correspondência trocada entre unidades militares e relatórios de comandantes são alguns dos documentos que agora podem ser consultados na Biblioteca Central da Marinha, na Cordoaria Nacional.
Entre 1961 e 1973, mais de 8 mil rapazes desertaram para não irem à guerra colonial. São dados descobertos por dois historiadores de Coimbra que começaram a fazer a história de quem decidiu fugir à guerra. O tema continua a ser quase tabu. Quem se recusou a lutar em Angola, Moçambique e na Guiné atribui este silêncio ao facto de a revolução de Abril ter sido feita pelos mesmos militares que fizeram a guerra.