Ministério da Educação recebe esta quinta-feira os sindicatos do setor. Fenprof entende que a solução passa por recuperar os mais de 14 mil professores que, que nos últimos anos, deixaram a docência.
Federação Nacional dos Professores atribuiu ao Governo um "sinal mais pela recuperação do tempo de serviço dos professores", ainda assim diz que é preciso esperar para ver como irá decorrer o arranque das aulas.
O tempo de serviço congelado dos professores dificilmente começará ser devolvido em setembro, tal como foi acordado com os sindicatos, porque o processo está atrasado, denuncia Cristina Mota.
Uma em cada quatro turmas (24,1%) ultrapassa o número de alunos previstos na lei, indica um estudo da Fenprof. Quase metade dos professores (48,5%) tem mais de 51 anos e a grande maioria dá aulas há mais de duas décadas.
Sindicatos têm reuniões esta sexta-feira no Ministério da Educação para esclarecer as declarações de Miranda Sarmento, que disse no Parlamento que a primeira tranche de descongelamento só aconteceria no próximo ano. Fenprof e FNE querem que reposição comece em 2024 e não descartam greves ainda este ano letivo.
O comunicado assinala que a medida se "aplica ainda no presente ano letivo e nos seguintes", podendo abranger cerca de 3.750 professores do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, "dos quais muitos já assumem esta responsabilidade sem que sejam remunerados".
Falta de professores e crise tecnológica nas escolas são as principais preocupações de Mariana Carvalho, que desafia o próximo Governo a apostar na valorização da carreira docente.