O agora ex-primeiro-ministro diz que é "tempo que as suspeitas se esclareçam" e pediu ao coordenador do Ministério Público a sua própria audição com "a maior celeridade possível". Costa desejou ainda as "maiores felicidades" a Montenegro e elogiou o discurso "muito bom" e "coerente".
Primeiro-ministro demissionário e os seus ministros só não tiveram cerimónias de inauguração de obras ou lançamento de projetos num dia de 2024: 6 de janeiro, quando decorria o Congresso do PS. António Costa defendeu que só a 15 de janeiro é que o Governo ficava obrigado a um "dever de recato" - até lá, era tempo de "acelerar a ação".
Os renovadores comunistas pedem que a esquerda se entenda após as eleições legislativas e formar um governo de coligação, considerando que é a única maneira de o país "retomar uma dinâmica de progresso".
Ministro da Economia lamenta que o país "pode estar a perder" depois do consórcio Naima ter desistido de um negócio "significativo" devido à conjuntura atual.
Vice-presidente da bancada do PSD acusou PS de querer voltar a aliar-se com PCP e Bloco de Esquerda. António Costa considerou que "estes anos de governação demonstraram a derrota em toda a linha da governação da direita e da sua visão da austeridade".
O líder do PSD acusou o PS de criar um país com "filas de espera às portas dos hospitais, urgências encerradas, pessoas sem médico de família, alunos sem professor, muita gente a querer arrendar uma casa e a não conseguir".
O primeiro-ministro do Governo em gestão, António Costa, em entrevista à CNN, diz estar magoado mas não ser rancorso com os factos que levaram à demissão. E acrescentou que ninguém "gosta de se ver na situação" em que ficou após serem conhecidos os dados da Operação Influencer.
Mariana Vieira da Silva apontou que negociações sindicais, revisões de carreiras e aprovações de novas carreiras não cabem "obviamente" num quadro de um Governo de gestão.
No último Conselho de Ministros antes da exoneração de António Costa, o Governo decidiu impedir alterações aos terrenos onde já se sabe que vai passar o comboio de alta velocidade.
A assinatura do decreto presidencial, que oficializa a demissão do primeiro-ministro, vai limitar o Governo em gestão aos atos estritamente necessários ou inadiáveis.