Loures terá 157,1 milhões de euros para gastar, para já, no âmbito do 1º Direito, e prevê-se que o município concentre a larga maioria do investimento (99% do investimento global). Desse universo, 83% será construção nova (inclui casos de aquisição e construção), e 17% será reabilitação.
Rolando gostava que a solução para aquelas pessoas passasse por não as deslocar da freguesia em que estão e onde têm a sua rede familiar e social sedimentada.
“Precisamos que seja um realojamento, não sei se dizer com qualidade é uma boa expressão, mas que seja condigno. Se está aqui uma comunidade com uma relação pacifica entre si, se for para um local também pacificado, tudo bem”, diz, enfatizando a necessidade de se fazer diferente do passado, quando se juntaram populações muito diferentes e em que o resultado foi o disparar da conflitualidade.
“Esperamos que as pessoas se organizem para cuidar desses espaços para que não se degradem rapidamente como percebemos [que aconteceu] noutras situações, e garantir que socialmente o ambiente seja agradável”, descreve.
Em relação a soluções para o realojamento, o líder da AMRT diz que podem ser a auto-construção, a construção isolada, ou a recuperação de habitações devolutas. Se a solução tiver de ser um bairro, onde vai ter de viver muita gente, esse processo tem de ser acompanhado de equipamentos sociais”, defende.
Sem apresentar ainda uma solução fechada para o Talude Militar, o vereador Gonçalo Caroço diz que este não será um processo isento de conflitualidade. “Ao longo destes anos, propusemos às pessoas realojamentos que as pessoas não aceitaram. Não fomos lá deitar as casas abaixo e obrigar as pessoas a sair, e podíamos tê-lo feito. No PER tínhamos uma casa para elas, pedíamos que saíssem e elas não quiseram”, recorda.