Deriva do "contexto global" que está a afetar as cadeias de abastecimento devido à inflação, mas também ao que "está a acontecer em mercados como a China". Mas a juntar a essa pressão exterior, verificou-se nos últimos meses em Portugal um crescimento das infeções respiratórias.
Segundo a Associação Nacional de Farmácias, há falta de medicamentos - sejam eles de venda livre ou sujeitos a receita médica -, mas a indisponibilidade não é constante e prende-se com dificuldades e atrasos na reposição.
Há cerca de dois meses, à Renascença, o presidente do Infarmed assegurava que só os diabéticos teriam direito à comparticipação de medicamentos que estavam em falta nas farmácias porque estavam a ser alvo de elevada procura por pessoas que pretendiam perder peso.
Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares identifica a carga administrativa como um dos principais constrangimentos no acesso aos medicamentos. Relatório sugere a presença de farmacêuticos nas enfermarias, no apoio aos doentes internados, como forma de reduzir o desperdício de fármacos, com ganhos para o SNS.
O aumento do preço de produtos e medicamentos não sujeitos a receita médica começou a sentir-se em junho. Devido ao aumento das despesas algumas farmácias podem fechar.