O objetivo do gabinete é ajudar as vítimas a lidar com situações de assédio e discriminação, de forma confidencial, através de aconselhamento jurídico e psicológico, a cargo do advogado e antigo bastonário Rogério Alves e da psicóloga Susana Lourenço, nomeados pelas respetivas ordens profissionais.
O gabinete foi anunciado em abril, dias depois da divulgação de um relatório do Conselho Pedagógico, que recebeu 50 queixas de assédio e discriminação, relativas a 10% dos professores da faculdade, através de um canal de denúncias que esteve aberto durante 11 dias em março.
Em pouco mais de um mês, a direção recebeu 10 emails, que foram alvo de análise. Envolvidos podem recorrer ao gabinete de apoio e aconselhamento que a faculdade está a organizar.
Denúncias de assédio chegam de todo o ambiente universitário do país. Associação Portuguesa de Apoio à Vítima retrata a situação e lembra que o caso da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa não é caso único.
Elvira Fortunato garantiu ainda que as denúncias que cheguem ao Ministério "serão de imediato remetidas à Inspeção-Geral da Educação e Ciência". Por sua vez, a FDUL anunciou que vai criar um gabinete de apoio e aconselhamento jurídico para vítimas de assédio e discriminação.
Marcelo presidiu, entre 1985 e 1989 presidiu, ao conselho diretivo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa foi e foi confrontado com as recentes denúncias de assédio moral e sexual e discriminação que, segundo o Diário de Notícias, abrangem 31 professores e assistentes.
Na esmagadora maioria foram feitas denuncias de assédio moral e de assédio sexual, mas também houve relatos de práticas discriminatórias de sexismo, xenofobia e racismo.