O Fundo Monetário Internacional (FMI) pede prudência orçamental a Portugal, mas, apesar da aprovação de várias medidas com impacto do lado da despesa, os técnicos do FMI acreditam na obtenção de novo excedente orçamental este ano e redução da dívida pública. O relatório apresentado prevê ainda uma aterragem suave da economia portuguesa depois de anos mais atribulados, apontando como forças motrizes as exportações robustas, o forte consumo privado apoiado por um mercado do trabalho resiliente e investimento ao abrigo do PRR.
Apesar do défice orçamental de 0,2% nos primeiros três meses do ano, o ministro de Estado e Finanças mantém a previsão de que o ano irá terminar com um excedente orçamental de 0,2% do PIB.
A influenciar a evolução do PIB, no setor externo, estarão as importações a ultrapassar as exportações, uma vez que o investimento e, em menor medida, o consumo privado, deverão aumentar a procura de importações.
Paulo Núncio acusou o governo anterior, no qual Medina foi ministro das Finanças, de ter feito uma "redução artificial" da dívida com "dinheiro das pensões".
Comentador analisa a entrevista à Renascença e ao jornal Público, em que a comissária europeia Elisa Ferreira desdramatizou a polémica sobre as contas públicas. Governo da AD e PS têm trocado acusações sobre o excedente orçamental
No início do ano foi anunciado um excedente de mais de mil milhões de euros, que no mês de março passa para cerca de 260 milhões de défice. Governo de Montenegro culpa o Executivo de Costa e economistas aconselham uma “gestão cuidadosa” das contas públicas.
Ministério das Finanças diz que “forte degradação do saldo orçamental” resulta, “em grande medida, de decisões e compromissos assumidos já este ano pelo anterior Governo” de António Costa. Executivo de Montenegro vai ter de repensar as contas que tinha previstas, diz à Renascença o economista João Duque.