Procedimento é lançado no quadro da investigação da justiça belga a alegadas ofertas do Qatar e de Marrocos a eurodeputados e assistentes de grupos do PE para influenciar decisões em Bruxelas.
Fontes do grupo parlamentar dos Socialistas e Democratas indicam que Eva Kaili compareceu no dia da votação "sem aviso prévio" e "sem constar da lista de deputados" que iriam votar a liberalização dos vistos a 1 de dezembro. Citadas pela EFE, as fontes reconheceram que se tratou de um comportamento "altamente invulgar e irregular".
O que surpreende neste caso é a forma descarada, ou talvez também ingénua, como Eva Kaili surgiu a discursar no Parlamento Europeu, louvando o Qatar pelos seus pretensos avanços em matéria de direitos humanos. Ou como mantinha em sua casa sacos cheios de dinheiro.
Presidente do PE avisa que "vão ser apanhadas" todas as pessoas que pensem que "um saco de dinheiro vale sempre o risco", pois "o Parlamento Europeu não está à venda" .
Ex-vice-presidente do Parlamento Europeu está detida preventivamente, juntamente com outras três pessoas, sob a acusação de alegada participação numa organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção relacionada com o Qatar.
Pedro Marques exige que o caso seja investigado até às últimas consequências. E se se confirmar que houve corrupção de algum Estado do Golfo defende “sanções duras”.
Depois da detenção, a confiscação dos bens no seu país de origem. Eva Kaili, ex-vice-presidente do Parlamento Europeu vê agora os seus bens confiscados pela Autoridade de Combate ao Branqueamento de Capitais.