Líder do movimento independentista voltou à região após anos de exílio, mas fugiu da vista das autoridades depois de um discurso nas ruas de Barcelona. Dois agentes foram detidos por suspeita de colaborar com a fuga de Carles Puigdemont.
Ex-líder da Catalunha quer marcar presença na investidura do novo presidente do Parlamento catalão. Apesar da lei da amnistia, ordem de detenção emitida pelo Supremo espanhol continua em vigor.
A ERC, que está atualmente à frente da Generalitat, mas ficou em terceiro nas eleições regionais de maio, negociou já com os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez, na última legislatura, indultos e uma amnistia para separatistas da Catalunha envolvidos na tentativa de autodeterminação da região.
O partido do independentista catalão não conseguiu metade dos votos necessários para formar governo, mas Puigdemont disse ter condições para governar a região. Eleições foram ganhas pelo Partido Socialista, com 42 dos 135 mandatos.
Os três partidos independentistas que desde há 14 anos têm maioria no parlamento autonómico e se aliam para viabilizar sempre governos independentistas, deverão eleger este ano cerca de 60 deputados. Para a maioria absoluta são necessários 68.
Em declarações à Renascença, Diogo Noivo, politólogo e especialista em política espanhola, diz-se na expetativa para saber como terá sido alcançado o entendimento “sem beliscar a Constituição ou os compromissos europeus”.
Sondagem entre os membros do PSOE indica que 87% dos filiados ao partido apoiam acordo que prevê amnistia aos envolvidos na consulta popular à independência da Catalunha há seis anos.