Dezenas de diplomatas russos foram expulsos nas últimas semanas de vários países europeus, acusados de espionagem. Há décadas que a Rússia “mexe cordelinhos” nas sombras, incluindo em Portugal. No pós-25 de Abril, vários agentes de Moscovo operaram em Lisboa. Na Guerra Fria, ser diplomata era ser “uma espécie de produto engravatado da era James Bond”, diz Seixas da Costa. Ainda em 2016, o ex-espião Carvalhão Gil foi apanhado a vender segredos da NATO a um agente russo.
Um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais denunciou que jornalistas, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados graças ao software desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.
O software que permite aceder a mensagens, fotos, contactos e até ouvir as chamadas do proprietário do dispositivo, foi desenvolvido pela empresa israelita NSO. A investigação reúne 17 órgãos de comunicação internacionais que tiveram acesso a uma lista com 50 mil contactos visados.
De acordo com uma investigação da televisão pública dinamarquesa, os EUA usaram até, pelo menos, 2014 a rede de cabos submarinos dinamarqueses para escutar os líderes da Alemanha, Suécia, Noruega e França.
Agência Nacional francesa de Segurança dos Sistemas de Informação diz que o ‘modus operandi’ Sandworm é conhecido por organizar grandes campanhas e escolher vítimas entre as mais estratégicas. Intrusões observadas são compatíveis com este comportamento.
Os tempos de pandemia, lê-se no texto, “aceleraram exponencialmente (como era perfeitamente previsível) o registo de ciberataques”, também como meio da própria espionagem, sabotagem, subversão e criminalidade organizada e grave”.