Da esquerda à direita, maioria dos partidos não coloca o cenário de voltar a repetir as eleições no círculo da Europa. PSD não quer pensar “na hipótese remota” de novo incumprimento das mesas de voto. As eleições foram contestadas após serem detetados votos que não traziam cópia do Cartão de Cidadão.
A posse do novo Governo chegou a estar prevista para a próxima quarta-feira, mas a repetição das eleições legislativas na maioria das mesas do círculo eleitoral da Europa vai atirar para março esse ato.
Depois da decisão do Tribunal Constitucional de considerar a eleição nula por falta das fotocópias dos cartões de cidadão dos eleitores, já há novas datas para voltar às urnas. Novo Governo só no início de abril.
Ao futuro Governo, o Conselho recomenda que não ignore as suas "históricas propostas", assim como "o necessário debate" do aumento do número de representantes (deputados) dos círculos da emigração (Europa e Fora da Europa).
Dirigentes demissionários queixam-se de “total asfixia democrática interna” e justificam a saída, entre outros motivos, “com o chumbo da proposta para a realização de um congresso eletivo extraordinário”.
A segunda maioria absoluta do PS, o PSD que encheu, encheu, até os resultados rebentarem as expetativas, e um CDS de partida depois de mais de 40 anos no Parlamento. Tudo isto temperado com um Chega com uma subida vertiginosa, e os liberais a afirmarem-se e a ultrapassarem os partidos de esquerda.