Eleições regionais em Hesse e na Baviera viram o partido de extrema-direita AfD, até agora cingido a bastiões da era pós-industrial no leste da Alemanha, conquistar os seus melhores resultados de sempre num estado ocidental.
De acordo com projeções avançadas pela estação televisiva ZDF, na Baviera, onde governam desde 1957, os conservadores da União Social-Cristã (CSU) vencem com 36,5%, o que representará o seu pior resultado em mais de 70 anos (-0,7 pontos percentuais do que nas anteriores eleições de 2018), e o AfD pode alcançar os 16%, uma subida de 5,8 pontos face a 2018.
As eleições são seguidas com particular atenção desde Berlim, dada a importância dos dois estados em causa, que juntos representam quase um quarto da população alemã.
Postura mais dura face a requerentes de asilo deixou de ser exclusiva da direita, agora que Baviera e Hesse se preparam para eleições este domingo, a que se seguirão outros três estados federais no próximo ano. Analistas falam em "eleitoralismo" e dizem que é preciso esperar pelos resultados.
O partido Alternativa para a Alemanha venceu o distrito de Sonneberg, no estado da Turíngia, e tem vindo a subir nas sondagens na Alemanha. Conselho Central de Judeus diz-se “devastado” e alerta que resultado pode ser um "abrir de águas".
Sociais-democratas, verdes e liberais entendem-se. Olaf Shcolz vai suceder à democrata-cristã Angela Merkel, que liderou o executivo alemão nos últimos 16 anos.