Antigo primeiro-ministro pede sociedade civil "mais independente" e alerta para os "populismos", porque, embora tenhamos liberdade, "não se pode dar nada por adquirido".
Bradley Fried vai ser anunciado na próxima semana como novo presidente do Goldman Sachs International. A partir de fevereiro, Barroso será presidente da Goldman Sachs International Advisors, onde irá aconselhar os executivos do banco em questões estratégicas globais.
Presidente do PSD entre 1999 e 2004, Durão Barroso acrescentou que foi devido ao executivo liderado pelo seu sucessor Pedro Passos Coelho, que percebeu "que tinha de fazer alguma coisa, que o país "nunca se pôs numa posição de humilhação perante os seus credores".
Luis de Almeida Sampaio, chefe da diplomacia portuguesa na Alemanha, durante o período da troika, explica que “do ponto de vista estritamente financeiro, temos hoje mecanismos que não existiam”, mas diz que “ninguém no seu perfeito juízo, olhando para as circunstâncias internacionais (…) pode estar otimista em relação ao presente e ao futuro”
Invasão da Ucrânia fortaleceu ainda a ligação da União Europeia à NATO, mas também criou condições para uma defesa e segurança no espaço europeu, sublinha o antigo primeiro-ministro.
Esta é uma crise que está para durar, assume o ex-presidente da Comissão Europeia, que não exclui a possibilidade de um conflito nuclear...alertando que as ameaças de Vladimir Putin são em geral concretizadas. Em entrevista à Renascença e ao jornal "Público", Durão Barroso alerta: "Toda a vigilância é pouca".
O antigo primeiro-ministro assume que o PSD é a sua família política, de onde não vai sair, ao contrário de outros que optaram por sair e que se mantém leal ao partido do qual foi líder. Em entrevista ao programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal Público, Durão Barroso garante que não tem intenção de voltar à vida política.
Em entrevista ao programa "Hora da Verdade" da Renascença e do jornal "Público", o ex-presidente da Comissão Europeia diz que deve ser criado um mecanismo de mutualização de dívida para fazer frente quer aos custos adicionais de energia, quer de defesa. Esta é uma proposta que o ex-presidente da Comissão Europeia diz que já apresentou a diversos líderes europeus, e avisa que, se não houver uma resposta comum por parte da União Europeia, corre-se o risco de os mercados começarem a reagir e, sendo assim, diz Durão Barroso, a recessão económica acompanhada de uma alta taxa de inflação pode mesmo ser uma realidade.