São jovens e querem viver depressa, resultados imediatos. Porquê? Porque YOLO: "só se vive uma vez". Mas há três obstáculos: ansiedade, stress e precariedade. Acabaram enleados numa pandemia que os fez “reclusos” por algum tempo e assistem agora a um conflito na Europa que, não sendo deles, lhe tomam as dores.
Por tudo isso, são cada vez mais os jovens a procurar apoio psicológico – para gerir os traumas dos últimos dois anos. A Ordem dos Psicólogos alerta que “a tendência se tem vindo a agravar", mas o SNS continua sem dar respostas.
Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto fizeram um estudo que conclui que existe uma relação entre o acesso deficitário a uma alimentação saudável e os sintomas de ansiedade e depressão. Três quartos da amostra são mulheres, com ensino superior e a trabalhar.
A época de Natal e Ano Novo e as limitações impostas pela pandemia de Covid-19 podem ser uma “mistura explosiva” que, para muitas pessoas, se transforma numa fonte adicional de stress, cansaço, desgaste, falta de esperança e tristeza. E isso pode levar à depressão.
"Um em cada cinco portugueses sofre de um problema de saúde psicológica", segundo um relatório, o qual refere que Portugal é o 2.º país europeu com maior prevalência deste tipo de problemas.
Investigação publicada na revista médica The Lancet indica que a pandemia originou 53 milhões de situações depressivas adicionais e 76 milhões de casos de transtorno de ansiedade.
O desaparecimento ou a doença de um familiar, o cumprimento dos ideais de beleza, a pressão académica, a solidão, o bullying, o amor não correspondido e a falta de autoconfiança são algumas das dificuldades estudadas pelos investigadores.