O deputado e presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias avisa que, se os partidos não encararem o inverno demográfico como um problema de urgente solução, os pensamentos "radicais" tomarão conta do tema.
Serpa tem imigrantes sazonais, Gaia aposta na cultura para integrar e em Cascais "não há estrangeiros". Três cidades, três formas de viver a imigração em debate na conferência "O Inverno demográfico".
Entre 2011 e 2021 verificou-se uma diminuição da população em todos os grupos etários, com exceção do grupo da população idosa que teve um crescimento de 20,6%. Todas as regiões do país sofreram um aumento do índice de envelhecimento.
Presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, antecipa a conferência "O Inverno Demográfico - O Papel da Imigração", realçando a importância da reflexão sobre "um dos problemas estruturais mais importantes" da sociedade portuguesa.
Segunda-feira, 15 de maio, no Auditório Municipal de Gaia, autarquias e especialistas de várias áreas debatem ideias para determinar o futuro de uma população.
Segundo o estudo "O que nos dizem os Censos 2021 sobre dinâmicas territoriais", esta quarta-feira apresentado no Instituto Nacional de Estatística (INE), os portugueses são menos, vivem mais no litoral e usam cada vez mais o carro em relação aos transportes públicos nas deslocações de casa para o trabalho.
O país perdeu 850 mil pessoas em 2022, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros e pode assim enfrentar uma crise demográfica.