O chefe de Estado não quis, contudo, alongar-se nos comentários, uma vez que a proposta ainda será apreciada na quinta e sexta-feira pelo Conselho Europeu.
O presidente do Chega procurou transmitir a ideia de que "este maior ataque de sempre à justiça tem o apoio de alguma comunicação social" e interrogou-se sobre as razões de António Costa ainda não ter sido confrontado com o teor dessas escutas, designadamente em relação ao processo de despedimento da anterior líder executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.
Dias depois de descrever o ex-primeiro-ministro como "lento" e "oriental", o Presidente da República falou da sorte que foi ter tido Costa à frente do Governo - e do seu "protagonismo europeu".
Ex-chefe de Governo defende que Lucília Gago não deve ser chamada para falar sobre casos concretos no Parlamento - “sobretudo se estiverem em curso”. E assume que será "muito difícil" assumir um cargo europeu enquanto houver um "processo pendente".
Ex-chefe de Governo responde às palavras de Marcelo Rebelo Sousa e diz que não ficou ofendido. "Talvez seja uma auto-crítica por, não tendo esta costela oriental, muitas vezes haver menos ponderação", atira.
"A ocasião fez a decisão", atira António Costa a Marcelo Rebelo de Sousa. A "farpa" está num prefácio escrito pelo ex-primeiro-ministro para um livro publicado pelo ex-presidente do bancada parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
Não há indícios (ou, pelo menos, o Ministério Público não conseguiu apresentá-los) de que Diogo Lacerda Machado tenha exercido influência sobre António Costa, segundo o acórdão.
No dia da tomada de posse do novo Governo, o antigo primeiro-ministro anunciou que pediu para ser ouvido pela justiça o mais rapidamente possível. Ainda não teve resposta.