Na sua mensagem para a Quaresma, que hoje se inicia, Rui Valério escreve que a humanidade, “mais uma vez, encontra-se numa encruzilhada”, pelo que a Quaresma será vivida, “nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança, ao ritmo dos desenvolvimentos da Paz, das suas vicissitudes, dos seus avanços e recuos, das suas vitórias e atropelos”.
O bispo das Forças Armadas destaca o papel “incontornável” dos militares e forças de segurança, que têm estado “em todas as frentes” da pandemia. D. Rui Valério acredita que apesar dos recentes casos polémicos, a imagem destas forças permanece “incólume”.
A pandemia e as suas lições - a visão da Igreja portuguesa
D. Rui Valério declara-se surpreendido pelo facto de “Portugal ainda não ter despertado para a mais valia de uma instituição tão competente, tão eficiente, tão capacitada” como as Forças Armadas. Em entrevista à Renascença, o bispo castrense afirma que a pandemia mostrou que, a par da Igreja, “as Forças Armadas são os alicerces da nação”.
Nove oradores falaram sobre como permanecer firmes em tempos de incerteza, numa edição do Faith’s Night Out em que D. Rui Valério falou de como conheceu Cristo num internamento, aos sete anos, Ricardo Baptista Leite apontou para o farol que é a Cruz e José Luís Ramos Pinheiro falou da radicalidade da moderação em tempos de seduções extremistas.
D. Rui Valério, bispo das Forças Armadas e das forças de segurança, apela a um maior reconhecimento do papel dos militares na sociedade portuguesa. Em entrevista à Renascença, diz que a Igreja tem de voltar a abrir portas e janelas para ir ao encontro de todos os homens e mulheres.