Em carta aberta, dirigida ao primeiro-ministro e à ministra da Saúde, é pedido que os cuidados paliativos “passem a ser entendidos como uma verdadeira prioridade que são no investimento em cuidados de saúde”.
Associação Portuguesa dos Cuidados Paliativos apresentou propostas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que está em fase de consulta pública.
A pandemia trouxe maior consciência das necessidades, diz a presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos. Mas a consequência foi o encerramento de serviços e o desmembramento de equipas porque, acusa Catarina Pazes em entrevista à Renascença, não há estratégia.
Catarina Pazes, presidente da APCP, considera que falta refletir sobre as questões éticas do fim da vida e propõe uma aposta na pedagogia, quer de cidadãos, quer de profissionais de saúde.
O novo presidente da Associação dos Médicos Católicos revela estar preocupado com a possibilidade da opção pelos cuidados paliativos não ser devidamente valorizada num quadro legislativo em que venha a ser permitida a eutanásia. José Diogo Martins considera que continuam a existir relatos de “situações dramáticas, de gente que morre sozinha nos hospitais, rodeada de médicos e enfermeiros equipados como se fossem extraterrestres”.
Cardeal Patriarca de Lisboa lamenta a oportunidade perdida para "uma reflexão e uma ponderação mais forte sobre o assunto, que é grave". D. Manuel Clemente. Veto presidencial será a última instância. "Agora é altura da consciência", afirma. Conferência Episcopal Portuguesa diz que é "o pior momento" para rejeitar o referendo sobre a eutanásia.
Em entrevista à Renascença, a enfermeira Margarida Alvarenga diz que, em 27 anos a trabalhar em cuidados paliativos, "chegam os dedos de uma mão" para a quantidade de pessoas que lhe pediram para morrer.