Há quem tenha ficado sem capacidade de pagar o essencial, diz à Renascença a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco. As moratórias foram balão de oxigénio para muitas famílias, mas adivinham-se tempos ainda mais difíceis.
António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, defende na Renascença a testagem massiva e lembra que “há tipologias empresariais há um ano sem receita”. Diz ainda ser necessário manter a capacidade instalada para depois da crise.
O primeiro-ministro lança esta segunda-feira dois vídeos para promover o debate sobre o programa de recuperação e resiliência com enfoque nas reformas estruturais e nas três áreas em que quer que Portugal se torne mais forte.
Economista Susana Peralta considera que o ministro das Finanças "não devia ter poupado dinheiro a comprar computadores para as escolas e a chegar às famílias” durante a pandemia.
Documento que Portugal apresentou a Bruxelas para aceder às verbas de apoio às consequências da pandemia de Covid-19 prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização.
As expectativas de vendas das empresas para os primeiros meses de 2021 é, no entanto, negativa face ao mesmo período de 2020, com 53% dos empresários a esperarem uma diminuição e 16% um crescimento.
Cada trabalhador que deixou de ter rendimento ou perdeu rendimento de uma forma muito significativa com a pandemia "deve ter acesso a um apoio no limiar na pobreza", defende Catarina Martins.
Setor considerado a "galinha dos ovos de ouro" da economia nacional foi fortemente abalado pela pandemia. Portugal recebeu 10 milhões de hóspedes no ano passado e as receitas caíram a pique.
Todas as semanas, chegam novas pessoas abalroadas pela crise pandémica às ruas. Muitos ainda resistiram durante os primeiros meses, mas agora ficaram sem nada. Envergonhados, procuram ajuda, “não fazem a menor ideia como o sistema funciona” e não querem viver de “caridadezinha”, conta Natália Abrunhosa, coordenadora do Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA) no Porto. Rede Europeia Anti-Pobreza admite “crescimento exponencial" da pobreza. De artistas a empregadas de limpeza e até advogados, todos caíram ou estão prestes a cair num fosso de exclusão social.