Crianças com 3 anos, que frequentaram gratuitamente colégios parceiros do programa “Creche Feliz”, ficam fora do sistema. Pais desesperam por uma vaga no pré-escolar com o mesmo regime, tal como o Governo de Montenegro prometeu.
Estão a ficar fora do sistema sobretudo as crianças que completam 3 anos de idade até ao final do ano. Já não são aceites na creche, que frequentaram ao abrigo da Creche Feliz, sem pagar mensalidades. Para continuarem no privado, têm agora de pagar centenas de euros, enquanto esperam resposta do Governo.
Diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular garante que os colégios estão preparados para o arranque do ano letivo, com os quadros do pessoal docente preenchidos, apesar das dificuldades em contratar professores.
Estabelecimentos de ensino privado alertam Governo para o atraso no lançamento do concurso do contrato de patrocínio, para apoiar os alunos do ensino artístico especializado. Em causa estão cerca de 8 milhões de euros. Ao mesmo tempo a AEEP denuncia que o valor por aluno não é atualizado há uma década.
Quando alunos de escolas privadas chegaram aos exames nacionais, quase cinco mil foram chumbados. As dez escolas com maiores diferenças entre notas de exames e média interna são privadas. Nos colégios, as notas mais dadas no final do ano letivo foram o 19 e o 20.
A privada do Porto tem as melhores notas nos exames nacionais. Aposta numa "formação integral" baseada num projeto de voluntariado com os alunos. Direção diz que não coloca pressão nos estudantes para figurar no ranking, "mas os próprios e as famílias colocam-se a si próprios essa pressão".
Os resultados de escolas públicas nos exames do secundário subiram ligeiramente no ano passado, enquanto os privados viram as médias cair seis décimas. O Colégio Nossa Senhora do Rosário lidera o ranking pela 9.ª vez em 14 anos, enquanto a escola pública consegue o seu melhor resultado em seis anos, com o 31.º lugar da António Arroio. Conservatórios e escolas artísticas destacam-se no ensino básico.
Instabilidade nas escolas públicas e famílias com menos filhos são os principais fatores do aumento da procura, segundo o diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.