Presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade (CNIS) quer o próximo Governo a cumprir o pacto de cooperação, assinado em 2021 com o executivo de António Costa.
Padre Lino Maia defende a inscrição na Constituição do direito universal à proteção social, para garantir que todas as pessoas tenham necessidades satisfeitas na velhice e vulnerabilidade.
Responsáveis entendem que é preciso que o valor das comparticipações pagas seja revisto, lembrando que quando o Pacto da Cooperação para a Solidariedade foi assinado, o então primeiro-ministro António Guterres defendeu que o Estado deveria comparticipar as instituições em 50%, "desejavelmente 60%".
O presidente da CNIS compreende que “haja manifestações populistas” nas próximas eleições, mas afirma que “o povo sabe ver e há-de fazer uma boa escolha”. Lino Maia está preocupado com a sustentabilidade das instituições de solidariedade e vai abordar o tema na Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa que esta segunda-feira arranca em Fátima.
O padre Lino Maia avisa que as instituições de solidariedade social "não estão preparadas para enfrentar este novo custo" que representa o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 820 euros.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade pede ao Governo que se "revisite" o acordo com instituições de solidariedade social. Até final de agosto, cerca de 1.600 pessoas estavam internadas em hospitais à espera de resposta social.