Em entrevista ao jornal El País, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa insistiu em que "há uma disposição para ir ao encontro das pessoas" e "além da terapia, algumas terão outras necessidades" e a Igreja nunca deixará uma vítima sozinha.
Conferência Episcopal Portuguesa destaca e agradece o magistério de Francisco, lembra a "sua presença entre nós em 2017 como peregrino da paz no Centenário das Aparições em Fátima", e diz contar com o Papa "em agosto próximo para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa”.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em entrevista ao Expresso, admite que a reação ao relatório de abusos sexuais na igreja “não foi adequada” e diz compreender quem possa ter ficado dececionado.
O membro da Comissão Independente realça que o estudo forneceu à Igreja uma lista de nomes e "informação bastante" para intervir preventivamente no caso de sacerdotes denunciados. Para o antigo ministro da Justiça, "não é verdadeiro dizer que àquela lista de nomes não correspondem factos" e a informação é "mais do que suficiente para iniciar uma investigação e para poder adotar, para já, medidas de natureza preventiva".
Em entrevista à Renascença, Álvaro Laborinho Lúcio, membro da Comissão Independente, realça que o estudo forneceu à Igreja "informação bastante à Igreja "são bastante" para intervir preventivamente no imediato. Para o antigo ministro da Justiça, "até agora, não se verificou uma atitude de compaixão para com as próprias vítimas" e para com o seu sofrimento.
Signatários da carta aos bispos, que pediu medidas concretas, consideram que a Igreja já devia ter uma estratégia de atuação mais clara, que "não sabe comunicar” e que a nova comissão anunciada devia ser autónoma. “Daria maior confiança”.
No dia em que a CEP recebeu da Comissão Independente os nomes de alegados abusadores ainda no ativo no seio da Igreja, D. José Ornelas diz que haverá uma investigação "nome a nome" com a ajuda de cada diocese. Até lá, ninguém será afastado.
Enquanto a investigação prosseguir há soluções transitórias: a abertura de um processo, o afastamento pontual, a suspensão preventiva, etc. Uma ação preventiva, por definição, não necessita de acontecer apenas no fim da investigação.