Este ano, arderam quase 27 mil hectares, o segundo valor mais reduzido de área ardida desde 2011, segundo o Ministério da Administração Interna. Castro Marim e Monchique foram os concelhos mais afetados.
Presidente do PSD subscreve críticas que têm sido apontadas pela população à forma como foi combatido o fogo que deflagrou há cerca de duas semanas e consumiu cerca de seis mil hectares.
Segundo dados do programa Copernicus, o fogo de Castro Marim provocou um total de 5.957 hectares em área ardida, afetando ainda 163 edifícios e 2.774 hectares de áreas agrícolas.
O incêndio que deflagrou no início da semana em Castro Marim é, para já, o maior do ano, com uma área ardida de 6.700 hectares. Perderam-se centenas de oliveiras, pinheiros, medronheiros, alfarrobeiras e amendoeiras, que representavam, na sua maioria, um complemento importante para o rendimento dos moradores deste município. Sandra e Nélia, residentes na localidade de Monte da Estrada, próxima do lugar onde teve início o fogo, viram arder mais de metade das suas plantações, algumas centenárias. Sem apoio, dizem não ser capazes de recuperar.
"Continuam as operações de consolidação, de rescaldo e essencialmente de vigilância", adianta o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
Em menos de dois dias, o fogo que teve início em Castro Marim resultou em mais de 9.000 hectares de área ardida e chegou às portas de Tavira e Vila Real de Santo António. Residentes da aldeia da Cortelha, um dos locais mais afetados pelo incêndio, lamentam falhas no combate às chamas e recordam o fogo de 2004.
A secretária de Estado destacou o trabalho que tem estado a ser feito com "um apelo constante" para que haja "uma adequação dos comportamentos de toda a população junto dos espaços florestais".