O objetivo é "apurar e prevenir interferência política abusiva no sistema bancário português". A proposta contou com os votos contra de PS, PCP, BE e Livre, a abstenção de PSD e PAN e o voto favorável de Chega e Iniciativa Liberal.
Depois de António Costa ter respondido a perguntas do PSD, socialistas querem conhecer as razões que levaram o ex-governador do Banco de Portugal a deixar acusações sobre o primeiro-ministro no livro "O Governador".
A empresária angolana garante nunca ter beneficiado de favorecimentos do Governo português, diz-se vítima de perseguição política e desvaloriza o mandado de captura internacional emitido por Angola.
Miguel Poiares Maduro é professor universitário, antigo ministro do Desenvolvimento Regional do Governo de Pedro Passos Coelho. Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal Público, o social-democrata avisa que as "trapalhadas" do Governo e a confirmação de que o primeiro-ministro interferiu no caso do Banco de Portugal podem ser razão para que a legislatura seja interrompida.
Os sociais-democratas dirigiram 12 perguntas ao primeiro-ministro para esclarecer declarações do ex-governador do Banco de Portugal, quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.
O presidente do PS veio a terreiro defender o primeiro-ministro contra o ex-governador do Banco de Portugal, rejeitando que houve da parte de António Costa qualquer "intromissão" ou "pressão ilegítima" para beneficiar a antiga administradora do BIC, com Carlos Carlos César a ressalvar que se compreende que tenha havido "cuidado" do Governo face ao "desfecho" que os dossiês bancários estavam a ter e que podiam "ser prejudicados por qualquer precipitação".