Num contacto telefónico com o Presidente Masoud Pezeshkian, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, apelou para o diálogo para evitar uma escalada do "gravíssimo conflito em curso".
O cardeal Pietro Parolin considera que fornecimento de armas é uma "perspetiva muito inquietante" e que pode implicar uma escalada que "ninguém será capaz de controlar".
Declarações do secretário de Estado do Vaticano surgem na sequência da polémica aberta por uma entrevista do Papa à emissora suíça RSI. Questionado sobre se Kiev deveria desistir da guerra, Francisco respondeu que a Ucrânia deveria “mostrar a coragem da bandeira branca” e abrir negociações com a Rússia para encerrar a guerra que já dura há dois anos.
"É mais necessário do que nunca que os jovens encontrem o rosto de Jesus Cristo, conheçam sua Palavra de salvação e se tornem seus discípulos”, destaca cardeal Parolin.
O Secretário de Estado do Vaticano reiterou o que o Papa Francisco tem insistido durante o seu pontificado, pedindo que “os cristãos não devem deixar que a esperança lhes seja roubada pela morte, pelos soberbos e os violentos”.
Interrogado sobre a presença em Roma do presidente Zelensky neste sábado, 13 de maio, e de um eventual encontro com o Papa, o cardeal Parolin respondeu que “existe a possibilidade, mas ainda não confirmada”.
Em entrevista exclusiva, antes de presidir às celebrações da peregrinação internacional em Fátima, o secretário de Estado do Vaticano fala sobre os abusos na Igreja, a guerra na Europa e as "realidades e desafios inéditos" da atualidade, sem esquecer a próxima JMJ, que Lisboa acolhe em agosto.