Trump alegava que agiu na qualidade oficial de Presidente quanto disse à multidão de apoiantes que viria a invadir o Capitólio que nunca iria conceder a derrota para Biden.
A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são mais frágeis do que se julga e menos adquiridas do que gostaríamos. A invasão do Capitólio e agora, dois anos depois, os tumultos de Brasília, são expressão dessa fragilidade.
Brian Sicknick foi pulverizando com repelente de ursos e agredido pela multidão durante o ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro, morrendo um dia depois. Processo diz que morte foi "consequência direta e previsível" das palavras de Trump num discurso aos seus apoiantes.
A 6 de janeiro de 2021, apoiantes de Donald Trump invadiram violentamente o Capitólio para reclamar de uma eleição que viam como fraudulenta. Dois anos depois, mais de 970 pessoas já foram detidas e indiciadas por ligações à invasão. Um comité bipartidário já recomendou que o ex-Presidente seja julgado por conspiração. Mesmo que não seja, destaca a analista Lívia Franco à Renascença, os norte-americanos podem vir a encarregar-se de o afastar da cena política.
Relatório final coloca a culpa diretamente no ex-presidente norte-americano e diz que Trump falhou em agir para impedir que os apoiantes atacassem a casa do Congresso.
Cassidy Huntchinson conta que figuras próximas do ex-Presidente "acenaram" com oportunidades de emprego e assistência financeira, enquanto cooperava com a comissão que investiga o ataque ao Capitólio.
“O que não me mata torna-me mais forte”, escreve através da sua rede social, referindo-se a uma “agência de investigação dos democratas” que quer impedi-lo de voltar a candidatar-se às presidenciais norte-americanas.
Ao encerrar uma das investigações do Congresso mais exaustivas da história norte-americana, a comissão concluiu que Donald Trump tentou subverter a transferência do poder presidencial para Joe Biden - primeiro pressionando aliados em todos os níveis do Governo e depois com a ajuda de uma multidão violenta.
O congressista Bennie Thompson, líder dessa comissão, no entanto, não indicou quem poderá ser indiciado como responsável pela invasão do Congresso norte-americano.